A maior parte das digitais possui dispositivo de flash integrado cujo alcance é usualmente proporcional ao porte da câmera: o das máquinas maiores e mais pesadas têm potência superior e banham de luminosidade áreas com o dobro ou o triplo de extensão do que são capazes os flashes das câmeras de bolso, indicadas para fotos em ambientes de pequeno a médio porte.

Além do flash automático, as digitais costumam trazer diversos modos de flash como o “Sempre Ligado”, também chamado “Luz de Preenchimento” ou “Flash Forçado”, entre outros nomes. Ele obriga o flash a disparar mesmo quando há luminosidade suficiente em cena, situação em que normalmente o automático não dispararia. É útil ao fotografar assuntos contra a luz, evitando que o objeto no primeiro plano saia escuro. Ao contrário, o que é conhecido por “Flash Desligado” (entre outros nomes), impede o disparo do flash mesmo que o ambiente esteja escuro. Deve ser acionado quando se deseja retratar a iluminação natural, livre da luz padronizada do flash.

Outro flash muito importante para o sucesso das fotos, é o “Redutor de Olhos Vermelhos”. Basicamente, ele emite disparos preliminares curtos e rápidos que provocam a reação natural da retina se contrair e, assim, evitar que o vermelho dos vasinhos sanguíneos se reflita (o que causa o vermelho nas fotos) quando, logo a seguir, o flash que de fato grava a foto dispara.
Esses quatro modos de flashes (Auto, Sempre Ligado, Desligado e Redutor de Olhos Vermelhos) constam no cardápio de praticamente todas as câmeras digitais avaliadas pelo site: o que varia é apenas seus nomes ou algum detalhe no funcionamento do Redutor de Olhos Vermelhos. Já o flash "Sincronia Lenta" nem sempre é disponibilizado. Além de possibilitar interessantes efeitos, faz com que áreas do plano de fundo fora do alcance do flash sejam mais expostas, ganhando claridade.
Também chamado Sincronização Lenta ou, em inglês, Slow Sync, este modo de flash evita que o plano de fundo fique escuro e sem detalhes quando a luz do flash não for suficiente para iluminá-lo. Porém, ele eleva muito o risco da foto sair tremida: é necessário que a câmera seja utilizada sobre tripé ou que o fotógrafo tenha a mão muito firme.
Ao fotografar objetos em movimento, o Sincronização Lenta permite obter efeitos curiosos: ele “congela” o assunto do primeiro plano, que fica portanto nítido, em contraste à sensação de movimento que imprime no plano de fundo, visivelmente borrado.
Dependendo do sistema do Sincronização empregado, o rastro criado pelo movimento pode vir seguindo o objeto principal, num efeito mais natural do que o produzido pelo outro sistema, em que o rastro vem na frente, como que se antecipando ao objeto. Neste último caso, o flash dispara para em seguida completar-se a exposição. É chamado “Cortina de Frente Sync” (também Front-Curtain Sync ou 1st Curtain). Ao contrário, no outro caso, o flash só dispara quando se completa a exposição. Trata-se do “Posterior Sync” (Rear-Sync ou 2nd Curtain).

Na cobertura de festas e de eventos noturnos as câmeras digitais mais comemoradas são aquelas dotadas de sapata para unidades de flash externo que ampliam em bons metros o alcance da luminosidade e as possibilidades do fotógrafo. Peça de metal localizada na parte superior da câmera, a sapata (“hot shoe” em inglês) é construída para fixar e sincronizar o flash externo com o sistema de obturação da digital, de forma que esses flashes funcionam como se fizessem parte da câmera, e sem a necessidade de cabos de conexão.