Tirar belos retratos de parentes e amigos é um dos objetivos ao comprar a digital. A tarefa, nem sempre simples, exige que o fotógrafo saiba extrair o melhor possível da pessoa fotografada e da câmera. Para ajudá-lo a conseguir bons resultados vamos dar dicas e avaliar nesta página a atuação da Sony H90 nos três tipos de retratos: com flash, sem flash sob a iluminação residencial e à luz do dia.
Nem sempre a iluminação padronizada do flash é desejável mas para desativar esse dispositivo e capturar retratos ou cenas sob luzes artificiais você deverá ter alguns cuidados. O primeiro deles refere-se à coloração da foto que, nesta situação, fica bastante vulnerável à interferência alaranjada das lâmpadas de tungstênio. Você poderá controlar essa interferência por meio do Balanço do Branco da câmera. Veja os resultados entregues pela Sony Cyber-shot DSC-H90 com as diferentes configurações do recurso.
Outro cuidado nas fotos sob luzes que nem sempre produzem iluminação da mesma potência que a do flash, é em relação ao fator ISO versus a velocidade do obturador. Você conseguirá foto mais límpida, menos granulação, se reduzir manualmente o fator ISO, porém, para compensar a câmera irá reduzir a velocidade do obturador, conclusão, sua foto poderá sair tremida ou borrada. Evitar que saia tremida é fácil: basta fixar a câmera sobre tripé ou usar um apoio. Mas para evitar que saia borrada sua modelo terá de permanecer praticamente imóvel. Assim, se ela não for muito bem comportada, será preferível elevar o ISO e, para disfarçar a granulação, condicionar-se a cópias menores quando tirar esse tipo de foto.
No fator ISO 80 a Sony H90 produziu bom nível de detalhes e definição, mas para modelos em movimento você terá de elevar o fator. No fator 400 a foto sai granulada, mas sua modelo poderá ficar à vontade para se mover. O nível de ruído produzido pela Sony H90 nesse fator está dentro do padrão entre as concorrentes.
Teste realizado sem flash nem luz artificial, em dia claro, ambiente interno, modelo posicionada ao lado de janela. A Sony H90 aplicou automaticamente o mais baixo fator ISO (80) e produziu belos retratos. O recurso Detecção de Face mostrou-se bastante eficaz, assim como o Tracking Foco que segue o rosto que se move no enquadramento.
Veja abaixo detalhe em tamanho natural do retrato à luz do dia tirado com Balanço do Branco na predefinição Nublado. Nitidez e colorido excelentes, nível de detalhes satisfatório para câmera da categoria da Sony H90.
Sinal desses tempos em que os fabricantes exageram na quantidade de megapixels, espremidos em pequenos sensores: texturas lisas como a da pele mostram discreta granulação, apesar da câmera ter aplicado seu mais baixo fator ISO (80).
Por curiosidade, comparamos recortes de fotos de alta resolução feitas à luz do dia pela Sony Cyber-shot DSC-H90 e a Canon PowerShot G12, digital que avaliamos no começo do ano. Para esta comparação utilizamos o retrato da Sony H90 feito com o Bal. do Branco automático cuja coloração ficou mais próxima à desta foto da Canon.
Conforme o esperado, a Canon G12, câmera de preço três a quatro vezes superior ao da Sony H90, revela maior nível de detalhes, o que se pode observar não apenas na reprodução"fio por fio" da franja como também na região dos cílios. Mas o consolo para os proprietários da Sony H90 não se limita ao modesto investimento empregado: o nível de detalhes produzido pela Sony H90 é bastante decente para uma câmera de sua categoria e suficiente para grandes ampliações.
Em mais de 20 fotos de pessoas olhando para diferentes direções, não tivemos nenhuma ocorrência do desagradável efeito de olhos vermelhos provocado pela luz do flash. No caso dele ocorrer, bastam alguns cliques com a foto ainda dentro da câmera para você se livrar desse inconveniente, graças ao recurso "Correção de Olhos Vermelhos", disponibilizado pela Sony Cyber-shot DSC-H90.